sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Visto Americano - Parte III: A Entrevista no Consulado Americano (versão 2012)

ATENÇÃO: Postagem feita em junho/2012. As informações, bem como as etapas para a obtenção do visto americano turismo, mudaram. 

Ainda tenho dúvidas se chamo essa de “a pior parte”, porque além de todo o cansaço e correria, tudo deu certo e eu me diverti muito com tudo e todos que esbarrei durante o processo. Mas vamos lá né, pois como eu já disse: long history. Em 29 de maio fui ao Consulado Americano de SP, munida de toda aquela documentação e papelada que eu juntei para o visto canadense.


Depois de muitos quilômetros e trânsito, chegamos no consulado e já tive que deixar a minha bolsa com o meu pai, pois assim como no CASV, não posso entrar com nada de eletrônico, e pra quem é marinheiro de primeira viagem como eu fui, anotem aí: leve um livro e dinheiro. Já já saberão o porque, senão agora eu perco o foco. Do lado de dentro, pediram para eu ficar com o protocolo DS-160 e com o meu passaporte em mãos, e eu com toda aquela papelada em um pacote. Depois de passar por alguns policiais (me revistaram, claro), eu efetivamente entrei!

A parte de dentro mais parece um pátio de uma faculdade, tem uma lanchonete (por isso o dinheiro), com gramados e bancos estrategicamente posicionados na sombra, com muitas árvores em volta. Na parte coberta há vários guichês, e chegando lá eu me localizei pegando a primeira fila, a primeira de quatro esperas.

Na minha vez, a mocinha apenas olhou para a minha cara, com o meu passaporte em mãos e disse: “Primeiro visto? Qual o motivo da viagem?” Após eu ter dito que era o primeiro visto e que era para turismo, ela segurou o meu passaporte junto com o meu protocolo DS-160 e me dando uma senha, mandou eu prosseguir. Aí foi a hora em que eu entrei na muvuca, fiquei de frente aos primeiros guichês, de olho nos painéis com as senhas. Depois de mais ou menos uma hora, fui chamada. O gringo do outro lado do vidro blindado simplesmente olhou para a minha cara e me fez a mesma pergunta da mocinha do começo: “Primeiro visto? Qual o motivo da viagem?”, respondi novamente e ele me disse para seguir a faixa amarela e pegar a fila das digitais. Sim, eu tive que tirar as digitais DE NOVO, por mais que eu já tinha feito isso no CASV, só para provar que eu, era eu.

A fila das digitais foi a mais demorada, porém na minha vez foi a mais rápida, pois só pediram a digital de um dedo. E no CASV eu tirei de todos. Mulherada reclamando, adolescentes emburrados e um livro me cairia muito bem nessa hora, mas, não levei.

Com dor nos pés e há quase três horas ali, me mandaram ir pra ultima fila, a fila da entrevista.  Na minha mente, eu iria entrar em uma sala (tipo sala de interrogatório de filme) e ia ficar cara a cara com o tiozinho do consulado que olharia todos os meus papéis, revisaria todos os documentos e me encheria de perguntas. Mas não! Fiquei mais uma hora naquela fila “a lá INSS” e chegando a minha vez, parei em mais um guichê  de vidro blindado com um outro gringo que pegou o meu passaporte e disse: “Você faz o que no Brasil?” eu: “Trabalho e estudo!”, ele: “Estuda com o que?”, eu: “Faculdade, de Direito”. Então ele virou pro computador dele, digitou alguma coisa, olhou pra mim e disse: “Visto Concedido!”.

Sabem, posso dizer que ao mesmo tempo que foi um alívio por ter sido “só isso”, foi uma decepção porque eu já tinha imaginado muita coisa, como  cenas de filme, salas de interrogatório... É, ter uma imaginação fértil muitas vezes nem é tão legal.
Depois de quatro horas lá dentro, encontrei o meu pai (que já estava surtando de tanto me esperar) e fomos almoçar no Shopping Morumbi por volta das 15h. Só sei que fui chegar em Vinhedo City ás 17h. E aí, bem, aí era só esperar.

Eis que exatamente em dez dias, o lindinho do meu passaporte (com o visto americano!) chegou em casa (pela DHL).

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Well guys, volto em outra hora. Provavelmente com os meus preparativos finais.

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