sábado, 30 de junho de 2012

Casa Loma - Toronto/ON

Vamos voltar para quinta-feira, para eu falar da CASA LOMA, que até agora, na minha opinião foi a atração mais bonita que já vi. Para introdução, vou copiar o que está escrito no folheto, depois falo com minhas palavras.

“Bem vindo ao Casa Loma, você pode explorar a antiga propriedade de Sir Henry Mill Pellatt, um importante financeiro de Toronto, industrial e militar destacante, Sir Henry, um romântico eterno, contratou o famoso arquiteto E. J. Lennox para ajuda-lo a realizar o sonho da sua vida: a criação de um castelo medieval no topo de uma colina com vista para toda Toronto. Com a mão de obra de 300 homens, o castelo começou a ser construído em 1.911 e levou quase 3 anos para ficar pronto, com um custo de $3.500.000 dólares daquela época. Sir Henry e sua esposa Lady Pellat puderam desfrutar da Casa Loma por menos de 10 anos antes que os problemas financeiros o forçaram a deixar a sua casa castelo.”

 Pensem que em um mesmo lugar, você sente mistério, suspense e romance no ar. A impressão que dá é que aqueles cômodos escondem muitas historias, mesmo que a passagem das pessoas pela casa não tenha sido por muito tempo.
A biblioteca é maravilhosa e me lembrou aquela exuberante vista no desenho da Bela e a Fera. Olhando pela torre, você tem a vista da cidade inteira, vale a pena ir até lá, mesmo que o caminho da subida seja muito cansativo. Outra coisa que fiquei encantada foi com a beleza dos móveis da época e do quão conservados eles estão. Os jardins foram um dos meus lugares favoritos, me lembrou aquele filme “O Jardim Secreto”, pois é, é tudo tão incrível aqui, que me remete á filmes.

Enfim, MARAVILHOSO! Voltarei ao Brasil e continuarei encantada, enquanto isso, aprecie as fotos comigo:









sexta-feira, 29 de junho de 2012

The Royal Ontario Museum - Toronto/ON

Para melhores explicações, vou postar os meus passeios em postagens separadas. 
E hoje eu vou falar sobre o THE ROYAL ONTARIO MUSEUM.

Eu e Carol, nos aventurando pelas ruas de Toronto novamente, após a aula fomos até esse Museu, que fica a mais ou menos uma quadra da ILAC. Chegando lá, compramos o City Pass, que é um tipo de “combo” com cinco atrações turísticas de Toronto, pois nele já havia a entrada do museu, sem contar que saiu mais barato, ah, e pagamos dez dólares a mais para vermos a exposição sobre os dinossauros.

Pois bem, entramos no museu e primeiro fomos para a parte dos dinossauros. E foi um passeio “a lá Jurassic Park”, voltamos á pré-história até que chegamos a parte dos animais. Juro que acho que todos estavam lá, desde animais extintos até os mais “comuns” que podemos ver por aí, se não me engano poderia até ter um pardal empalhado. Enfim, tirei várias fotos dos animais, são muito lindos, mas se você pensar que eles estão ali, empalhados, dá dó.

O museu é gigantesco! Fizemos várias viagens culturais, passamos pelo Egito, pela Grécia, Roma, dei um pulinho na época de Luis XV, conheci a história sobre a colonização do Canadá, vi muito sobre a China também, India, armas de várias épocas, armaduras, peças de ouro como jóias e talheres, e muita quinquilharia.

Pra resumir eu tirei mais de cem fotos, inclusive com uma múmia e fazendo chifrinho em uma estátua grega. O lugar é grande e maravilhoso (acho que já disse isso né?) e tem uma lojinha de souvenirs que muito me interessou, tanto é que o Mitch Jr veio de lá, meu alce querido.



E na volta, fomos encontrar a Marina na escola para jantarmos juntas (não vou contar a parte que nos perdemos por uma hora para voltarmos do museu á escola). 

Por fim, fomos apresentadas á um restaurante Coreano, que é simplesmente delicioso, e nós fazemos a nossa própria comida jogando a carne crua em uma chapa que fica num buraco em cima da mesa. Bem diferente e muito gostoso.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cinco em Uma (da Homestay à ILAC)

Sorry babys, mas tive que fazer assim. Fiquei alguns dias com as postagens em atraso e por isso farei cinco postagens em apenas uma, falando dos cinco dias em que estou aqui em Toronto.
Finalmente uma postagem sobre Toronto City!
Minha chegada, apesar da loucura que passei no aeroporto, foi bem tranquila! Tudo bem vai, vamos contar tin tin por tin tin. Toronto é uma graça de cidade! O bairro onde estou é aquele tipo perfeito de classe média alta de filmes americanos, tanto é que na frente da minha homestay tem uma cesta de basquete.

HOMESTAY
A casa é linda, grande e tenho vários companheiros de diversas nacionalidades morando comigo. Meu homestay daddy é uma graça e minha homestay mommy é doidinha! Por fim, temos a companhia de mais uma brasileira na casa, então ao total somos em quatro, sim, brasileiros dominam Toronto.
Eu e a Carol dividimos um quarto, grande por ser apenas nós duas, o quarto tem dois ambientes e cada uma de nos está de um lado. Porém é muito frio aqui em baixo, sei lá né, nos deixarão no porão, vai entender (again people, não levem tão a sério o quão dramática eu sou).

ILAC – A ESCOLA
Na segunda-feira a rotina para o meu mês começou: acordar 6h30 da matina para sair umas 7h20 de casa, fazer uma caminhadinha de dez minutos, pegar o ônibus por mais uns quinze minutos, depois disso o metrô e por fim mais uma caminhada de mais ou menos duas quadras. Para daqui um mês, será isso de segunda a sexta-feira!
Pois bem, na segunda-feira eu fui até a escola apenas para conhecer e fazer o teste para saber em que nível estou. Como eu estava TRAVADA para falar inglês, meu medo era de que eu caísse no mini-maternal logo de cara. Mas, ainda bem que foi só impressão e o meu nível de inglês aqui é o mesmo que estou no Brasil. Foi algo bem tranquilo, o teste e depois disso fomos “liberados”, então, não tive aula na segunda-feira.
Terça-feira, nosso primeiro dia de aula efetivamente, descobri o meu prédio (pois a ILAC tem quatro e o meu é o último), adorei os dois professores que tenho a Colee e o Patrick. A Colee é canadense e é uma graça, ela praticamente vibrou sozinha quando eu disse que sou brasileira, e o Patrick, bem, esse me deixou com saudades do meu english teacher do Brasil, o Luciano (beijo LU!). Conheci e conversei com muita, mas MUITA gente diferente na escola, tudo quanto é tipo de nacionalidade que se pode imaginar, até uns brasileiros pentelhos eu encontrei (coisa nada difícil de acontecer).
Quarta-feira (hoje, para ser mais exata) foi dia de teste na escola, creio eu que fui muito bem, e se eu acertar mais de 85% poderei subir um nível, o que seria muito bacana. E a aula foi bem light.

PELAS RUAS DE TORONTO
Aqui em Toronto eu descobri que sei me perder como ninguém. Ainda mais com a Carol como companhia, pois não temos muito senso de direção no Brasil, agora imaginem em Toronto que tudo é muito parecido, as esquinas são praticamente as mesmas e o esquema de metro e ônibus é MUITO diferente de São Paulo.
Andar de metrô em outro país é uma aventura.
Na segunda-feira, enquanto tentávamos voltar da escola para casa, nos perdemos por aproximadamente duas horas, pegando o metro, arriscando em ônibus e andando muito. E pra ajudar, o senso de direção do pessoal é Norte, Sul, Leste, Oeste, e nós, nós não usamos disso nem um pouco. É nessas horas que penso que eu deveria ter ficado mais um tempo no escoteiro. Mas o detalhe principal é que na primeira vez, nós chegamos á estação certa, porém saímos pela porta do lado errado.
Na terça-feira, fomos ao Museu (depois eu falo só sobre ele) e na volta, deveríamos ter ido novamente até a escola, buscar a Marina para jantarmos fora. Mas, como AGORA É DE COSTUME, nos perdemos nesse meio tempo e a Marina quase enfartou (mentira, mas mais uma hora perdidas nós apanhávamos).
Hoje, por incrível que pareça, nós não nos perdemos. Fomos de casa até a escola sozinhas, e depois voltamos para casa novamente e tudo correu muito bem.
Já fomos a bons lugares para comer, um deles é o Hard Rock Café que me lembrou muito o estilo (da comida e dos garçons) do Outback, mas ainda assim, tem muita diferença, diga-se de passagem que só lembrou. E justamente ontem fomos a um restaurante coreano que sinceramente? Não me lembro o nome! Mas o que importa eu lembro: é muito bom e eu sei como voltar.

AS COMPRAS
Para falar a verdade, ainda não fizemos as compras de verdade, já gastamos com passeios e comidas mas roupas, bolsas e sapatos? Essas ainda aguardam a nossa visita a um outlet em Niagara. Eu apenas andei um pouco com a minha cota de eletrônicos comprando um mp4, sim, eu precisava de um, já que a bateria do meu celular não vencia mais, pois eu dormia escutando música. E claro, não posso esquecer do Mitch Jr, o meu alce de pelúcia. Pelo menos uma companhia pra dormir.

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Prometo, de pés juntos e dedos cruzados, que eu só farei mais uma postagem, onde contarei sobre o museu, e depois farei postagens diárias. Prometo também fazê-las bem mais interessantes e com muito mais detalhes.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

The Forgotten Brazilians

Com esse título autoexplicativo, já deu mais ou menos para imaginar o quanto fomos deixadas para trás, não é mesmo? E olha que não foi só a gente.
Após chegarmos com duas horas de atraso no aeroporto internacional J. Kennedy em NY, passarmos pela imigração, pegarmos nossas bagagens, despacha-las novamente e passar pela alfandega, obviamente perdemos o voo. Então, o que faremos?

Primeiro que fomos atrás para ver quais os próximos voos que poderíamos ser encaixadas, bad News: eram 9h da manhã e haviam dois voos, uns ás 11h30 e outro ás 3h, porém, os dois lotados. Um agente da Delta Airlines colocou nossos nomes na lista de espera, caso sobrasse uma vaguinha, ele nos encaixaria, detalhe que nós três não poderíamos nos separar.
Então ficamos a vagar pelo aeroporto de NY! Tomamos um gorduroso café no Burger King e ficamos ali sentadas. Nesse meio tempo eu comecei a arrumar a minha mochila, nisso encontrei uma carta que a minha irmã fez e deixou ali no meio, pra que, comecei a chorar, ainda mais que aproveitei e reli as outras duas cartas que tinha recebido e me coloquei a chorar ainda mais. Depois desse breve momento de solidão e de muita espera,  chegou o horário de colocarem (ou ao menos tentarem) a gente no avião. Mas não foi isso que aconteceu. O que aconteceu foi muita bagunça e muita gente estressada, o que foi até desnecessário.  Por fim, nos pagaram um taxi, junto com outros brasileiros, e nos levaram até um outro aeroporto, para tentar novamente nos encaixar em outro voo.

Chegando lá, tivemos a impressão de que não iríamos conseguir e eu finalmente vivenciaria o filme “O Terminal”, mas como somos garotas de sorte, tudo correu bem. Bom, só eram 12h e tínhamos que esperar até ás 16h para o nosso voo, tirando isso...
Quando a sua espera é longa, acredite, não há muito o que fazer em um aeroporto. Mas perdemos um bom tempo fazendo todo aquele processo novamente, imigração, a revista: e tira sapato, e passa pela máquina, tira os eletrônicos da bolsa. Não é legal fazer isso três vezes no mesmo dia, na terceira vez eu já tive vontade de jogar meu tênis na cabeça do fiscal. Mas, melhor não, né? Como a fome já havia dominado, fomos almoçar e claro que era uma cerveja e uma comida de gordinho, pois não se esqueçam: estávamos em NY. Marina (muito obrigada por essa parte) me apresentou á Corona, uma cerveja mexicana, que agora está na lista das minhas tops. Fora o almoço, o resto foi uma longa espera, pois até dormi perto do espaço de embarque.

Enfim 16h10, enfim nosso avião estava ali nos esperando e eu só não dormi a viagem inteira porque eu estava preocupadíssima com as nossas malas que foram despachadas 8 horas antes de nós. Chegando no aeroporto de Toronto, fomos direto para o lugar das bagagens, e sorri por dentro e por fora quando vi que haviam guardado pra gente.
Dali para o taxi, o motorista me lembrou MUITO o Ranjit, taxista do elenco inteiro de How I met your mother, aí sim eu estava sorrindo por dentro. Finalmente cheguei em minha homestay!

Aguardem o próximo capítulo.


domingo, 24 de junho de 2012

No time to say goodbye

Pois é, sai ás pressas, sem me despedir com o meu pai gritando á minha orelha que se eu não fosse logo, não chegaríamos a tempo em Cumbica (Guarulhos).

E eu, pensando em fazer uma postagem bonita, citando pessoas e agradecendo todas aquelas que se importaram e que fizeram questão de se despedirem de mim. Mas, não deu tempo e agora eu literalmente estou aqui, em partes né. Pois bem, vou explicar como foi a minha partida e a semi-chegada.

Saí de casa exatamente ás 14h30, com medo de pegar algum transito e perder a hora. Comigo foram: meu pai, minha mãe, minha irmã e a Mari, minha irmã de coração. Chegando lá em Cumbica, como estávamos adiantados, tomamos um café enquanto esperávamos o horário do check-in. Eis que então, passamos um pouco além do horário e quando demos conta, a fila estava imensa. E isso, foi uma das coisas que mais fiz até agora: pegar fila.
Mas vamos ás partes que interessa: não, ainda não comprei nada. Consegui passar ilesa pelo free-shop, pois eu já tenho ciência de que durante esses 35 dias eu irei á Outlets muito melhores do que qualquer free-shop. Comprei a cerveja mais cara do mundo, dentro do próprio aeroporto de Cumbica, perto ao embarque, uma long neck da Heineken, doze reais. E olha que ela nem estava tão gelada assim.

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Antes de começar a falar do embarque e da minha experiência durante o trajeto da viagem no avião, temos que levar em consideração que eu NUNCA voei. Então, fiquem calmos ao ler minhas descrições, pois posso me empolgar, ou quem sabe aumentar um pouco.

Pra começo de conversa, eu fiquei DESESPERADA, pois, devido á algumas falhas, das quais o piloto não explicou bem e depois tentou nos “engambelar”, o avião atrasou duas horas para sair do Brasil. Enquanto teacher Marina permanecia capotada e Carol andava de um lado para o outro dentro do avião, eu devora um livro quase que por inteiro. Finalmente, ele se preparava para decolar.

Sabe criança quando entra pela primeira vez em uma loja de brinquedos? Ou, se você fosse chamado para visitar a Fantástica Fábrica de Chocolates do Willy Wonka? Ou até mesmo aquele anuncio que os pais fazem uma surpresa para a filhinha pequena e a levam para a Disney? Eu estava mais ou menos nesse estado. Em estado de choque.
Voar é INCRÍVEL! Claro, ao mesmo tempo em que também é assustador, pois a impressão que dá é que depois que o avião pega impulso e sobe, logo em seguida ele vai cair.

Enfim, mais de dez horas assim, minhas costas e pescoço doendo, meus pés loucos para caminhar e eu surtando, CHEGAMOS Á NY. Porém, chegamos 8h00 da manhã, e o nosso voo com conexão para Toronto era ás 8h40, sendo que não é só chegar e pular de um avião para outro, imagine, temos que passar pelo processo de imigração, tentar achar nossas bagagens, despachá-las de novo, passarmos por aquela inspeção junto com a mala de mão, até irmos ao portão de embarque. E do jeito que as coisas são, é necessário mais de uma hora para tudo isso.
Pois é, perdemos nosso voo de conexão! Por conta de que? Resposta: atraso NO BRASIL. Yes baby, meu país tropical que aguarde minha volta.

E o que aconteceu depois que perdemos o voo? Fica para a próxima postagem.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Visto Americano - Parte III: A Entrevista no Consulado Americano (versão 2012)

ATENÇÃO: Postagem feita em junho/2012. As informações, bem como as etapas para a obtenção do visto americano turismo, mudaram. 

Ainda tenho dúvidas se chamo essa de “a pior parte”, porque além de todo o cansaço e correria, tudo deu certo e eu me diverti muito com tudo e todos que esbarrei durante o processo. Mas vamos lá né, pois como eu já disse: long history. Em 29 de maio fui ao Consulado Americano de SP, munida de toda aquela documentação e papelada que eu juntei para o visto canadense.


Depois de muitos quilômetros e trânsito, chegamos no consulado e já tive que deixar a minha bolsa com o meu pai, pois assim como no CASV, não posso entrar com nada de eletrônico, e pra quem é marinheiro de primeira viagem como eu fui, anotem aí: leve um livro e dinheiro. Já já saberão o porque, senão agora eu perco o foco. Do lado de dentro, pediram para eu ficar com o protocolo DS-160 e com o meu passaporte em mãos, e eu com toda aquela papelada em um pacote. Depois de passar por alguns policiais (me revistaram, claro), eu efetivamente entrei!

A parte de dentro mais parece um pátio de uma faculdade, tem uma lanchonete (por isso o dinheiro), com gramados e bancos estrategicamente posicionados na sombra, com muitas árvores em volta. Na parte coberta há vários guichês, e chegando lá eu me localizei pegando a primeira fila, a primeira de quatro esperas.

Na minha vez, a mocinha apenas olhou para a minha cara, com o meu passaporte em mãos e disse: “Primeiro visto? Qual o motivo da viagem?” Após eu ter dito que era o primeiro visto e que era para turismo, ela segurou o meu passaporte junto com o meu protocolo DS-160 e me dando uma senha, mandou eu prosseguir. Aí foi a hora em que eu entrei na muvuca, fiquei de frente aos primeiros guichês, de olho nos painéis com as senhas. Depois de mais ou menos uma hora, fui chamada. O gringo do outro lado do vidro blindado simplesmente olhou para a minha cara e me fez a mesma pergunta da mocinha do começo: “Primeiro visto? Qual o motivo da viagem?”, respondi novamente e ele me disse para seguir a faixa amarela e pegar a fila das digitais. Sim, eu tive que tirar as digitais DE NOVO, por mais que eu já tinha feito isso no CASV, só para provar que eu, era eu.

A fila das digitais foi a mais demorada, porém na minha vez foi a mais rápida, pois só pediram a digital de um dedo. E no CASV eu tirei de todos. Mulherada reclamando, adolescentes emburrados e um livro me cairia muito bem nessa hora, mas, não levei.

Com dor nos pés e há quase três horas ali, me mandaram ir pra ultima fila, a fila da entrevista.  Na minha mente, eu iria entrar em uma sala (tipo sala de interrogatório de filme) e ia ficar cara a cara com o tiozinho do consulado que olharia todos os meus papéis, revisaria todos os documentos e me encheria de perguntas. Mas não! Fiquei mais uma hora naquela fila “a lá INSS” e chegando a minha vez, parei em mais um guichê  de vidro blindado com um outro gringo que pegou o meu passaporte e disse: “Você faz o que no Brasil?” eu: “Trabalho e estudo!”, ele: “Estuda com o que?”, eu: “Faculdade, de Direito”. Então ele virou pro computador dele, digitou alguma coisa, olhou pra mim e disse: “Visto Concedido!”.

Sabem, posso dizer que ao mesmo tempo que foi um alívio por ter sido “só isso”, foi uma decepção porque eu já tinha imaginado muita coisa, como  cenas de filme, salas de interrogatório... É, ter uma imaginação fértil muitas vezes nem é tão legal.
Depois de quatro horas lá dentro, encontrei o meu pai (que já estava surtando de tanto me esperar) e fomos almoçar no Shopping Morumbi por volta das 15h. Só sei que fui chegar em Vinhedo City ás 17h. E aí, bem, aí era só esperar.

Eis que exatamente em dez dias, o lindinho do meu passaporte (com o visto americano!) chegou em casa (pela DHL).

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Well guys, volto em outra hora. Provavelmente com os meus preparativos finais.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Visto Americano - Parte II: O CASV (versão 2012)

ATENÇÃO: Postagem feita em junho/2012. As informações, bem como as etapas para a obtenção do visto americano turismo, mudaram. 

O CASV que é o Centro de Serviços ao Solicitante, é algo “novo” e que surgiu desde 30 de abril deste ano e foi criado para acelerar o processo de obtenção do visto americano.

Comigo aconteceu da seguinte maneira: exatamente uma semana antes da minha entrevista para o visto (marcada para o dia 29/05), comecei a receber vários e-mails (todos iguais por sinal), dizendo que eu teria que comparecer á esse CASV no dia 25/05, ou seja, 3 dias antes da minha entrevista.
Em minha opinião, não vi isso como uma melhoria, não vi que foi um meio de acelerar o processo, muito pelo contrário, foram me passadas mais coisas a serem feitas e mais um lugar pra ir, sendo que no final eu descobri que não iria fazer diferença eu não ter passado por esse CASV. Porém, eles dizem ser obrigatório. Enfim...

Me mandaram lá onde Judas perdeu as meias, que foi depois das botas, no bairro Alto de Pinheiros que eu e me pai levamos um bom tempo para achar, sem contar que quase nos perdemos na Cidade Universitária de São Paulo. Chegando lá, após um bom chá de cadeira (de pé porque eu não havia lugar para sentar), me chamaram!

Para o comparecimento no CASV é necessário ter em mãos: o protocolo DS-160, o passaporte, comprovante de agendamento e a guia GNRU paga.

Não pode entrar com praticamente nada lá dentro, nada de metal, nada de eletrônico. Ou seja, minha bolsa ficou do lado de fora com o meu pai, porque era capaz de eu ser presa antes de eu chegar à porta (sem exageros, aparentemente a segurança lá dentro é muito forte).

Lá dentro foi tudo muito rápido, mal vi por onde eu passei. Apenas sei que colheram todas as minhas digitais e tiraram uma foto, PIOR DO QUE A FOTO DO PASSAPORTE. Não fizeram uma pergunta e me mandaram embora, lembrando que a minha entrevista no Consulado era dali 3 dias. O CASV funciona até de domingo, então, você poderá ser chamado a qualquer dia, até mesmo na véspera da sua entrevista.

Aguardem a terceira e última etapa: A Entrevista no Consulado Americano! Tão demorada que deixarei a postagem para amanhã.

O Visto Americano - Parte I: O Agendamento (versão 2012)

ATENÇÃO: Postagem feita em junho/2012. As informações, bem como as etapas para a obtenção do visto americano turismo, mudaram. 

Como de costume, vamos a mais uma árdua etapa que antecede a minha viagem, e essa meus caros leitores, até demorei a escrever. Bem, long story. Por isso tratei de dividir essa história em três partes: O Agendamento, o CASV e a entrevista no Consulado Americano.

Posso começar a dizer que essa é a parte mais chata, demorada e que te deixa impacientemente preocupado. Em 30 de abril deste ano, o Consulado Americano fez muitas mudanças para obtenção do visto a fim de gerar melhorias como rapidez no processo de retirada, porém, em minha opinião, ou melhor, dizendo no meu caso, o processo continuou sendo árduo. Mas, vamos á ele.

Para ficar mais fácil, a primeira coisa a fazer é entrar nesse site de informações aqui, pois dele você é encaminhado á todos os outros necessários.

1 - Formulários sem fim
O primeiro passo é preencher o formulário DS-160 e já vou adiantando que não é nada agradável preenche-lo. O problema já começa na hora de incluir uma foto sua (sim, eles pedem até isso), tem que ser uma foto em que o seu rosto esteja bem de frente e centralizado, você não pode estar com nenhum acessório ou cabelo no rosto, senão eles não aceitam. Sem contar quando aparecem avisos como “pouco brilho, imagem desfocada”, sendo que não há nada disso. Enfim, após esse parto, hora de realmente preencher o formulário! Além de informações pessoais e informações da onde você vai ficar e do que irá fazer nos EUA, as últimas páginas trazem perguntas do tipo se “você manuseia bombas ou tem passagem pela polícia, ou até mesmo se tem porte de armas”, logicamente para todas, a resposta é não. A não ser que você queira uma visita do FBI na sua casa.

2 - Pagamento da guia e agendamento da entrevista
Formulário preenchido e impresso, você será direcionado á uma página para o agendamento da entrevista. Mas antes de você poder fazer isso, você terá que pagar uma taxa de R$38,00 (aconselho a pagar no cartão, pois é aceito na hora). E toda a vez em que você quiser reagendar a entrevista, você terá que pagar essa taxa. Pelo que vi, o agendamento da entrevista está bem rápido, coisa de duas semanas no máximo para você marcar.

Após escolhida a data da sua preferência e agendada a entrevista, você será direcionado á página da guia da taxa do visto americano, a guia GRNU. Antigamente era necessário ir até o Citibank para emissão e pagamento dessa guia, porém, hoje paga-se a bendita em qualquer banco (sim, vemos aí uma bela melhoria!). O valor da taxa GNRU é de $160,00 (dólares).
Depois de emitida a guia, antes de você sair do sistema do site, não deixe de imprimir o protocolo de agendamento e o formulário DS-160, (repare que neles há um código de barras), pois estes são dois documentos necessários para a próxima etapa.

Agora é só efetuar o pagamento da taxa e aguardar a data da sua entrevista.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O visto canadense - turismo (versão 2012)

ATENÇÃO: Postagem feita em junho/2012. As informações, bem como algumas etapas para obtenção do visto canadense de turismo, mudaram. Para saber sobre essas e mais informações atualizadas, clique aqui.  

Vamos á mais uma etapa para a realização da minha viagem: o visto canadense.

Com a ajuda e suporte do Canadá Turismo, a retirada do visto foi muito rápida.
Minha teacher entrou em contato com a agência e no mesmo dia recebemos alguns (vários) formulários para serem preenchidos. Para preenchê-los não é necessário nenhum segredo, apenas muita paciência, pois é algo que ocupará facilmente uma hora.
Após tudo preenchido, juntei toda a documentação necessária, tirei duas fotos 3x5, (e podem apostar que saem piores do que as fotos 3x4), paguei uma taxa de R$350,00 e com o meu passaporte em mãos e fui até a agência.

No meu caso de visto turismo (permanência inferior a 24 semanas), eu precisei dos seguintes documentos:
  • Formulários preenchidos e assinados (total de 5 formulários).
  • Duas fotos recentes 3 x 5.
  • Cópias do Imposto de Renda e recibo de entrega.
  • Cópias dos três últimos holerites ou pró-labores.
  • Extrato bancário ou aplicação financeira.
  • Carta da empresa onde trabalha, comprovando que estará de férias enquanto estiver no Canadá.
  • Cópias das escrituras ou contrato social, caso seja empresário.
  • Se estudante – cópia de comprovante escolar.
  • Passaporte com validade mínima de 06 meses e, caso haja, passaporte anterior que comprove viagens ao exterior.
  • Carta Custeio (no caso de outra pessoa estar pagando a viagem em questão).
  • No caso dos Estudantes, Carta de Aceitação fornecida pela escola.
  • Cópia do RG

Gastos [a parte em que a gente chora]: 
Taxa Consular: R$ 135,00 - 01 entrada - turismo (até 6 meses)
Taxa de Serviço: R$ 150,00 (por pessoa)
Taxa VAC: R$ 60,00 (por pessoa)

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Diferente do visto americano, para o visto canadense turismo não é necessário todo aquele processo (demorado) de entrevista. A agência, como intermediaria, verificou e recolheu todos os meus documentos com o meu passaporte e enviou ao Consulado do Canadá. Deixo aqui um elogio aos atendentes muito eficientes e simpáticos, eu e minha teacher fomos muito bem atendidas.
Então, em exatos 20 dias eu recebi um e-mail solicitando que eu passasse novamente na agência para retirar o meu passaporte, pois o visto já estava pronto.

Muito mais simples e mais rápido do que eu imaginava, sem nenhum empecilho ou problema. Pena que ele vale por apenas seis meses.
Espero ter ajudado. 

sábado, 16 de junho de 2012

O passaporte (versão 2012)

ATENÇÃO: Postagem feita em junho/2012. As informações, bem como algumas etapas para retirada do passaporte, mudaram. Para saber as informações atualizadas até agosto/2018, clique aqui. 

Como eu quero deixar registrado aqui todas as etapas que passei por conta dessa viagem, nada melhor do que começar pela retirada do passaporte. 
O bendito do passaporte.
Já vou avisando que tirar o passaporte é muito simples, ainda mais se comparado ao visto, etapa que chegaremos mais tarde. 

1- Formulário
Primeiro de tudo, é necessário entrar no site da Polícia Federal, que é este aqui, e a primeira coisa a fazer é preencher um formulário contendo tudo quanto é tipo de informação pessoal que você imagina. Após o preenchimento deste (e o pagamento da guia de R$156,00 e uns trocados) vamos para o próximo passo.

2 - Local, Data e Hora
Você irá agendar um local, uma data e hora para fazer o passaporte. Na primeira vez, eu tinha agendado para ir ao Posto da Policia Federal em Campinas, o que é mais perto pra mim, mas a espera estava sendo de quase três meses. Então, procurando nas opções de agendamento, eu vi que em Barueri (SP) estava bem mais rápido, questão de duas semanas de espera!

3 - Comparecimento ao Posto da PF
No dia 28 de março estava eu, pimpolha, indo ao Posto da Policia Federal de Barueri, com hora marcada para ás 14h30, para fazer o meu passaporte com o meu RG, meu titulo de eleitor, o comprovante de pagamento da taxa e o protocolo de agendamento em mãos.
Não houveram demora ou atrasos, fiquei um tempo esperando, pois cheguei bem mais cedo, mas fui atendida rapidamente, próximo ao horário que estava marcado. É algo bem rápido, primeiro conferem todos os seus dados, perguntando várias vezes se nada está escrito errado, depois pegam as suas digitais e por fim tiram uma (horrível) foto.

4 - Retirada do Passaporte
Nove dias depois, tive que voltar ao mesmo lugar para pegar o passaporte pronto! (Rápido, não?), aí verificaram que eu, era eu mesma (deeer), colheram mais uma vez as minhas digitais e me entregaram ele. Apenas isso, nada demais. E ah! O Passaporte é válido por 5 anos.

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Espero que a postagem tenha ajudado quem tem dúvidas sobre como obter o passaporte brasileiro. E minha próxima postagem será sobre a retirada do visto canadense!